quinta-feira, julho 21, 2011

Sim, Inverno, estamos vivos

E vivo ficaremos!

Adoro o frio, mas não a frieza.
Quero um inverno calmo, doce e entusiástico.
Esse sentimento sem nome há de ser passageiro!

Se a felicidade é o desejo da repetição, por que não desejar a repetição de uma longa rotina de alegrias?

Os dias frios, por mais costumeiros que sejam, devem sempre guardar algo de surpreendente, só é preciso descobrir dentre estas surpresas
  • a tranquilidade de um abraço diferente de todos já sentidos;
  • o alvoroço de um dia agitado com alguns minutos para um almoço agradável;
  • a alegria em receber uma ligação na hora certa;
  • aquele momento de aquecer o coração com palavras aprazíveis.

O Inverno deverá ser tempo de entusiasmo e coragem.
Há sempre uma forma de mantê-lo aquecido e interessante.

Qualquer desafio, será um convite à luta que enfrentaremos com toda disposição de tentar algo novo, de novo e de novo e quantas vezes for necessário!
Por que o frio passa, mas o Inverno permanece guardado no interior de cada um de nós.

Ele veste uma capa triste, angustiante e solitária.
Porém quando olhamos por detrás das máscaras, além das aparências, é possível perceber que
a tristeza, é apenas uma inquietação de sentimentos não bem definidos.
a angústia, somente o temor de que Ele, o Inverno, acabe.
e a solidão, uma saudade tênue de sentir frio.

Frio este, que tão logo voltará e findará com essa tal inquietude...

segunda-feira, julho 11, 2011

Por um lindésimo segundo

- Paulo Leminski

   tudo em mim
anda a mil
       tudo assim
tudo por um fio
       tudo feito
tudo estivesse no cio
       tudo pisando macio
tudo psiu

       tudo em minha volta
anda às tontas
       como se as coisas
fossem todas
       afinal de contas

sexta-feira, julho 08, 2011

Mensagem de Dia dos Pais

O Dia dos Pais está se aproximando, e tenho uma grande dúvida:
Que mensagem mandar para o pai do Heitor?
Não estamos juntos desde que ele nasceu, e ele me dá muita dor de cabeça se querem saber!

Heitor está com 1 ano e 5 meses.
Nasceu de um descuido meu, 19 anos, e do pai, 24 anos.
O pai nunca se manifestou contra o nascimento dele, pelo contrário, fez questão, mas também nunca dimensionou, nem nos dias atuais, a tamanha responsabilidade que carregaríamos.
O que na verdade, se transformou num pequeno espaço de tempo em:
responsabilidade que EU carregaria!

"Ser pai" pra ele: pegá-lo de 15 em 15 dias para passar o fim de semana com suas irmãs (enquanto ele se diverte); pagar o plano de saúde do bebê (recentemente, nem isso); carregá-lo um pouco; dar mamadeira (observem: dar, não fazer!); dar um banho descompromissado, encher o rapazinho de balas e guloseimas.

"Ser pai" pra mim: pegá-lo nos dias combinados previamente, ficar com ele, presenciar as gracinhas, descobrir o mundo novo do filho; preocupar-se com a alimentação dele; levá-lo ao médico; participar das festas na escolinha; dividir todos os gastos provenientes do filho; mantê-lo limpo, bem arrumado e principalmente, saudável; brincar, mas também educâ-lo; cuidar com o mesmo carinho e afinco de uma mãe, afinal ele é metade disso. Entre outras coisas...

Como posso enviar uma mensagem em nome do Heitor, que infelizmente ainda não pode se expressar sozinho, rsrs, desejando um "Feliz Dia dos Pais", dando os parabéns pelo pai maravilhoso que ele é?!

É difícil lembrar de quantas vezes estive em dificuldade com meu filho e nunca pude contar com ele. Na verdade, as poucas vezes em que tinha tudo combinado com ele, o meu final de semana programado, ele furou! Imaginem, que as vésperas do vestibular, Heitor ia ficar com ele e ele simplesmente disse que "não ia dar pra pegar o Heitor não"... AH! Essas palavras, que já escutei inúmeras vezes já fizeram-me sentir o pior sentimento de todos: rancor.
Tento todos os dias driblar esse sentimento, com grande resistência, já que enquanto estou adiando minha faculdade, algumas conquistas, minha vida social, etc... A vida dele não mudou nem um pouquinho!!! É tudo como antes, a ficha dele nem sequer caiu...

Por isso não consigo encontrar uma mensagem ideal para ele, nada que eu fale no sentido do que estou escrevendo aqui, vai tocá-lo.
Talvez seja isso: não devo falar nada, fazer nada, esquecer que é Dia dos Pais, afinal de contas, meu filho só tem pai verdadeiro na Certidão de Nascimento...

quinta-feira, julho 07, 2011

" Nunca sei ao certo se sou uma menina cheia de dúvidas ou uma mulher cheia de fé. Certezas o vento leva, só as dúvidas continuam de pé! "
Adaptado de Paulo Leminski

quarta-feira, julho 06, 2011

Não se descobrem novas terras sem consentir em perder a praia de vista por um longo tempo!
André Gide
Pegue um punhado de idéias fixas,
junte os preconceitos,
deixe-os de molho por um tempo,
triture tudo,
misture com outros valores e:
assuma um novo papel!!!

Nostalgia

"Com os olhos  vazio, recordava uma noite fria, as luzes da cidade...
Sentia mágoa e uma grande nostalgia daquela garota sonhadora que não era mais...
Não podia evitar sentir essa tristeza, essa nostalgia, essa vontade enorme de chorar..."

Trecho adaptado do livro: E agora, mãe? De Isabel Vieira.

terça-feira, julho 05, 2011

As estações da vida

A vida tem ciclos que podem ser comparados às 4 Estações do Ano:

A "Primavera" das novas possibilidades, onde tudo é excitante e fresco.
O "Verão" das realizações, quando sobra energia e criatividade.
O "Outono" do desencantamento, quando parece que perdemos o interese por tudo.
O "Inverno" do descontentamento, época em que perdura um sentimento de vazio, de ter perdido o entusiasmo pela vida.

E elas entram e saem de nossas vidas em períodos indefinidos.

Hoje, sinto que estou na Primavera.
Minha Primavera: cheia de planos, projetos, disposição, vontade de recomeçar...
Porém, as "Estações da Vida" não têm o tempo de duração bem determinado. Isso quer dizer que oscilamos às vezes por períodos menores que imaginamos. E pode-se pular da primavera para o inverno, por exemplo, sem ao menos dar tempo de realizar os projetos planejados!

E para não enlouquecer, é preciso harmonizar-se com cada uma delas, na vida como um todo.

Mas...

Se alguém descobrir como, por favor, ME CONTE!!!

Tudo novo de novo...

O último ano no colégio, vestibular, curso técnico, festas e um BEBÊ!
Aquela frase que com certeza alguém já ouviu e agora, foi diretamente pra você: " Os jovens acham que as coisas nunca acontecerão com eles..."
Tudo bem, assumo que eles tem razão, eu não acreditei.
Aliás, até hoje ainda tento acreditar totalmente que sou mãe.
E que por ora, este é o meu único título! rs

Primeiro: a imensa dificuldade em aceitar.
Segundo: a dificuldade em contar  para minha mãe.
Terceiro: a dificuldade em lidar com o pai da criança.
E posso enumerar mais diversas dificuldades se quiserem!
O medo do parto, a dor da amamentação, as noites sem dormir, o fim do namoro, os estudos, a pensão... E por aí vai!

Mas ele está ali, e ele é lindo e é também tão dependente!
Imagina só a responsabilidade: a formação do caráter deste pequeno ser depende MUUIIITOO de você. Senti um medo enorme, SINTO um medo enorme de falhar na educação dele.

Em contrapartida, o peso das responsabilidades que agora carrego se manifestam com uma revolta muito grande, uma vontade de não aceitar todas essas imposições, mas... de que jeito?!